Mais de 10 mil pessoas prestigiaram a realização do Rio Construção Summit realizado entre os dias 19 e 21 de setembro, no Armazém 3 do Píer Mauá, na Zona Portuária. O público foi duas vezes maior que a expectativa mais otimista do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio de Janeiro – SindusconRio, promotor do evento. Estima-se que 25% dessas pessoas eram estudantes, muitos deles de 36 instituições de ensino superior que marcaram presença.

Do evento, que tinha como slogan “União para construir inovação”, surgiram notícias promissoras. Estudo feito pela Firjan em parceria com o Sindicato indica que a construção civil movimentará no País R$ 796,4 bilhões até 2026. Desse valor, R$ 663,6 bilhões serão aplicados no setor de habitação e R$ 132,8 bilhões na demanda por insumos da cadeia produtiva.

O evento reuniu um público superior a 10 miol pessoas, superando as expectativas – Fotos MV/ Cláudio Vieira

MV atenta às novas normas de Segurança do Trabalho

 O Rio Construção teve mais de 100 horas de conteúdo, distribuído em 72 painéis. Antenada com as inovações do setor, a Machado Vieira Engenharia enviou dois representantes: o Gerente de Obras, Edmar Faria, e o engenheiro Handerson Barreto. Eles deram maior atenção a um dos assuntos primordiais para a Empesa: segurança do trabalho. Assistiram à mesa-redonda “Impactos das Mudanças das Normas Regulamentadoras (NRs) na Construção Civil”, realizada na manhã de quinta-feira, 21, no Auditório Midea. Os palestrantes eram os auditores fiscais do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Luís Carlos Lumbreras Rocha e Serafim da Silva Neto, com mediação de José Luiz Barros, da Firjan. MV e Você também esteve lá para ouvi-los.

Um uarto do público era formado por estudantes do ensino médio e de 36 estabelecimentos de ensino superior

 

O que vocês extraíram de importante da palestra sobre as novas NRs?

Edmar Faria: A abordagem de hoje se reportou ao complemento de normas sobre segurança do trabalho que se modernizaram e ganharam nova dinâmica em sua aplicabilidade. Ao seguir os preceitos das NRs, as Empresas se responsabilizam por sua aplicação, avaliação e adaptação de processos que lhes sejam mais vantajosos. Ou seja, o contexto de uma NR não está mais restrito ao seu texto. Ela quer saber também que tipos de melhorias podem ser aplicadas para que a norma seja mais eficaz. Em relação ao EPI (Equipamento de Proteção Individual), por exemplo, antigamente era tem ou não tem. Agora, as Empresas devem avaliar a dinâmica de utilização do equipamento dentro das suas necessidades, que variam caso a caso, de Empresa para Empresa. Houve grande evolução na aplicação das normas.

 Handerson Barreto – Achei muito interessante a explicação sobre o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos). Não é mais um papel apenas. É um documento através do qual a Empresa detalha de que forma adapta suas atividades ao canteiro e à obra, em consonância com as normas de proteção ao trabalhador.

Edmar Faria e Handerson Barreto representaram a MV na palestra sobre alterações nas normas de segurança do trabalho

  

Durante a palestra, um dos auditores comentou que muita coisa mudou na NR 35, que regula as providências sobre o trabalho em altura. Mas ele não apresentou essas mudanças, pediu que os interessados pesquisassem na internet. Não ficou faltando numa explicação mais objetiva para um assunto tão importante?

 Edmar – Acredito que não houvesse tempo para isso, pois as mesas-redondas funcionaram com uma hora de duração para dois palestrantes e um mediador. Não houve nem tempo para perguntas da assistência. Mas ele explicou que na legislação anterior, muitos detalhes sobre trabalho em altura se repetiam em outras normas. Agora, eles ficaram limitados à norma 35, que trata exclusivamente sobre o tema. Com isso e diante das variáveis que apresenta, as normas passaram a ser mais eficazes, claras e objetivas. A nova legislação eliminou as situações genéricas para privilegiar as específicas. Essas normas regulam sobre as atividades que apresentam maiores riscos para o trabalhador e registram o maior número de acidentes.

 

Os auditores Luís Carlos Lumbreras e Serafim da Silva Neto, do Ministério do Trabalho, e o mediador José Luís Barros, da Firjan

 

Como representantes da Machado Vieira, vocês estavam ali analisando os temas expostos e como a Empresa vem se comportando diante de um assunto tão importante, como na segurança no trabalho. Qual foi na avaliação de vocês?

 Handerson – Acredito que estejamos muito bem. Ao longo do tempo, a Empresa vem evoluindo na aplicação das normas, assim como as próprias NRs evoluem diante de uma nova dinâmica de trabalho nos canteiros de obras. Temos evoluído na simplificação de serviços, nas avaliações de campo e na utilização das proteções coletivas, agora mais adequadas aos serviços que executamos. Por exemplo: a rede de proteção de periferia. A norma antiga não permitia o uso desse dispositivo. Mas, com essa possibilidade, já estamos nos adaptando a esse tipo de proteção também. E com o tempo, certamente, novas adaptações serão adotadas, sempre tendo como meta principal a segurança do colaborador. 

 Edmar –Essa parte é muito interessante. Não estamos mais restritos ao que a norma pedia, com uma série de exigências convencionais. Com essa abertura, as Empresas que querem investir em tecnologia, podem propor melhorias.  Como o PGR passou a ser dinâmico, a Empresa mostrará esses avanços em suas avaliações. Por ser uma melhoria que proporcionou maior produtividade com maior segurança para os trabalhadores também, poderão ser adotadas por outras Empresas que desejam seguir pelo mesmo caminho. Em linhas gerais: a Empresa tem liberdade para criar expedientes que lhe tragam vantagens, mas arcará com todas as responsabilidades. A norma, hoje, incentiva a evolução, mas com muita responsabilidade.

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