Craques a Machado Vieira faz em casa

Lado a lado, gestor e aprendiz: o canteiro de obras vira uma oficina profissionalizante – Fotos MV/ Leo Queiroz e Diogo Shufler

Formar profissionais de alto nível técnico e cidadãos responsáveis, corretos, que saibam zelar pela segurança pessoal e respeitar a de seus companheiros de trabalho. Estes são os principais objetivos do Projeto Cosme e Damião, que vem conceituando os canteiros de obras da Machado Vieira Engenharia entre as melhores oficinas profissionalizantes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 

Orientados por gestores, serventes são capacitados como carpinteiros depois de, ao menos, nove meses de treinamento e aprendizado intensos. Supervisores, encarregados de obras e técnicos de segurança do trabalho tornam-se instrutores, transmitindo conhecimento e experiência aos aprendizes. Reaberto no início do ano, o Cosme e Damião, em uma nova fase, começa a qualificar os primeiros aprovados nos canteiros da Machado Vieira, preparando-os para atuar nas equipes de campo. 

As duplas se revezam na troca de experiência e conhecimentos

 

Nove módulos de aprendizado

Autor do Projeto, o engenheiro Paulo Vieira, Diretor Executivo da Machado Vieira, explica que as aulas são divididas em nove módulos. Do 1º ao 5º, o servente é treinado por um gestor, um encarregado da obra e um técnico de segurança do trabalho. Para evitar que o aprendiz assimile vícios de seu instrutor, o gestor trocado a cada mês. Para avançar em sua escalada, o servente precisará obter média 5 nos três primeiros módulos e 6, nos três seguintes. A partir do módulo 6, que encerra a primeira etapa do curso, o servente passa a atuar sozinho, pois está sendo preparado para ser classificado como meio-oficial (estágio acima de servente). 

Na segunda fase, já trabalhando como meio-oficial, o aprendiz terá mais três módulos pela frente. Precisará obter média 7 nos níveis 7 e 8, e média 8, no último módulo, o 9º. Passando pelo último estágio ele, então, será graduado como carpinteiro. A avaliação é feita pelo encarregado da obra e o técnico de segurança do trabalho. 

A formatura acontece num DDS (Diálogo Diário de Segurança), palestra matinal que reúne todos os trabalhadores da obra, que comemoram a graduação dos novos carpinteiros – que ganham um conjunto de ferramentas que os acompanhará por muito tempo. E o mais importante: um novo salário na carteira!

No manuseio de material e ferramentas, atenção redobrada

 Talento e vontade de vencer

Mais do que habilidade e talento, os interessados em participar do Projeto devem demonstrar muita determinação, responsabilidade e respeito pelos companheiros – analisa Vieira. Esclarece que além de profissionais gabaritados o Cosme e Damião também revela as lideranças que passarão a gerir novos grupos de colaboradores. Acrescenta que a Empresa está se organizando para contratar mulheres destinadas a outras atividades de campo, além das técnicas de segurança.

Ao longo do curso, o aprendiz é orientado sobre tarefas básicas e a forma correta de manusear as principais ferramentas, como o martelo, serrote, trena, esquadro, linha de carpinteiro e outras. Cabe ao “olho clínico” do encarregado identificar a especialidade do aprendiz e em que setor ele poderá render mais para o trabalho de equipe.

Do sonho do engenheiro Paulo Vieira, nasceu o projeto que vem qualificando mão-de-obra para a construção civil

 

Premiado pela Câmara da Construção

O Cosme e Damião surgiu em 2006, na antiga Cofix Construtora e Empreendimentos, onde Paulo Vieira começou como estagiário e chegou a Diretor de Obras. Era um tempo de produção intensa, em que a mão-de-obra qualificada rareava no mercado.

O Projeto nasceu de um desafio. Um curso interno de Criatividade incentivava equipes de diferentes áreas da Empresa a apresentarem novas soluções de trabalho para dinamizar a produtividade. Mas como, se os bons profissionais já estavam todos empregados?

“Estava cheio de coisas para fazer e não pude apresentar o meu projeto. Aquilo ficou na minha cabeça, incomodando. Naquela noite fui dormir aborrecido. Mas, para a minha surpresa, acordei no meio da madrugada e fui direto para a escrivaninha. O projeto veio por inteiro, como se alguém estivesse ditando o conteúdo. Não dormi mais. Às sete da manhã, já no escritório, reuni a equipe para fazer os últimos ajustes. Detalhe: o Projeto já nasceu com o nome de Cosme e Damião, os santos gêmeos” – revela Paulo Vieira.

No ano seguinte, considerado de grande contribuição à geração e qualificação de mão-de-obra no Rio de Janeiro, o Projeto Cosme e Damião foi premiado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção – CBIC.

O construtor e empresário Antonio Vieira, mestre no tempo em que Paulo foi servente – Foto MV/ Acervo de Família

Devo isso a meu pai (o construtor e comerciante Antônio Vieira dos Santos, já falecido). Foi quem me levou para auxiliá-lo nos canteiros de obras: ele como mestre e eu, aprendiz. Trabalhamos juntos  durante 11 anos. Foi ali que descobri o meu caminho, a Engenharia Civil. E, com certeza, foi ali também que o surgiu a semente do Projeto – conclui.

 

 

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